Pablo González-Velasco
Resumo:
Este artigo visa criar um novo quadro para o debate sobre as velhas e novas controvérsias do lusotropicalismo, enfatizando as heranças medievais e renascentistas do discurso de Gilberto Freyre, em contraste com o excecionalismo do colonialismo da Conferência de Berlim. A partir de uma perspetiva antropo-histórica, o autor deste artigo faz paralelos com as controvérsias da colonização espanhola e da limpeza do sangue, além de rever os precedentes, retificações e atualidades do discurso luso e hispanotropicalista. O autor argumenta que é um erro assumir o lusotropicalismo de Freyre como um neonacionalismo português, embora isso tenha existido como produção do próprio Estado salazarista. Este artigo faz parte de uma investigação sobre a conexão da vida e obra de Gilberto Freyre com Espanha e a Península Ibérica em geral.
Palavras-chave:
Gilberto Freyre, lusotropicalismo, miscigenação, colonização
Referência para citação:
Pablo González-Velasco. “El lusotropicalismo de Gilberto Freyre como crítica barroca a la mixofobia de la modernidad burguesa” Práticas da >História, Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, n.º 10 (2020): 72-111.